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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mães às Avessas



Mães, doces mães.... quanto significado rodeia esta pequena palavra, não? Mas acredito que tudo o que envolve a magia de ser mãe se resume em AMOR INCONDICIONAL. As mães amam e muito seus filhos, não importa se eles são bonitos, feios, gordos, magros, azuis, deformados, drogados, bandidos, assassinos e até mesmos aqueles que por uma razão ou outra as agridem, ainda assim continuam sendo amados por elas, afinal o amor materno é incondicional e com o nascimento do Messias todas as mães meio que se tornaram puras, castas, santas!!!!
Mas nem sempre as mães tiveram este papel que protagonizam hoje, houve ao longo da historia períodos em que as mulheres não tinham esta função de cuidadora de seus filhos, eles nasciam e após um curto período eram enviados aos internatos que desempenhavam o lado maternal de cuidar, amar e educar.
Com a “evolução da sociedade” novos esboços de famílias começaram a surgir, e a mulher foi escolhida para assumir o papel que ia além do simples fato de dar à luz a uma criança, agora ela passa a cuidar desta criança, prove-la de carinhos e mimos, afinal a mulher nasceu com o objetivo exclusivo de ser mãe... ela passou a ser a responsável, vale salientar que a única responsável pelo sucesso ou fracasso futuro desta criança, logo se quando adulto revelasse um caráter duvidoso, de má índole, era por que teve uma péssima mãe, mas se fosse um homem de bem, responsável e de bom caráter foi por que teve um ótimo exemplo paterno a seguir. E é dentro deste novo contexto que as mulheres assumem este papel maternal tal como conhecemos hoje, e diga se de passagem que elas o incorporou de maneira tão intensa, que é impossível ver uma mulher e não enxergar nela aquela mãe zelosa, amável, carinhosa cercada por seus filhos num ambiente onde se exala amor.
Ocorre que vezes ou outra, ouvimos dizer sobre certas mulheres pérfidas que largam seus filhos em lixeiras, terrenos baldios, sacos de lixos em algum canto da cidade, ou que os lançam pelas janelas, sobre os muros e ainda aquelas que em homenagem aquele que fora deixado no Nilo, soltam seus filhos à deriva em lagoas e rios, e estes fatos são bem mais comuns do que vemos noticiados na mídia, agora mesmo alguma criança deve estar sendo abandonada por aí. E como é de se esperar quando sabemos de ocorridos desta espécie ficamos aterrorizados, estarrecidos, perplexos, pois como uma pessoa e não é qualquer pessoa, é uma mãe, pode largar seu filho a própria sorte?!??!!
É só em momentos críticos como estes, que percebemos que existem mães e existem mães,... nem todas as mulheres conseguem incorporar o papel da maternidade da forma exemplar e graciosa, e sempre o questionamento é o mesmo: Como esta mãe pôde ter tal atitude?  Este questionamento não é o mais adequado, a questão não é mais grave por que é uma mãe que abandona seu filho, a crueldade se dá pelo simples fato de ser uma pessoa capaz, consciente de si e do que esta fazendo, que larga a própria sorte um ser sem a mínima condição de sobreviver por si só... ficamos indignados pois enxergamos na mulher tudo que envolve o mito de ser mãe: o cuidado, o amor absoluto, a doação extrema. Vemos na mulher um enorme potencial à maternidade, alias, este é o único potencial que vemos nelas de fato, e as próprias mulheres se vêem desta forma, se vêem destinadas a maternidade, nascidas para serem mães.
Nem toda mulher trás em si o potencial materno da forma que o idealizamos, ou saberá amar seus filhos se eles não refletirem aquilo que elas almejam, nem toda mulher gostará de ser chamada de mãe, ou deixará de comer o ultimo pedaço de pão para alimentar seu filho faminto, nos iludimos quando pensamos que a mulher que tem uma gravidez indesejada passará amar o bebe quando vê-lo pela primeira vez, claro existem as que passem a amá-los de forma intensa mas existem também aquelas que os desprezam ainda mais. Enfim ser mãe não é a mesma coisa que amar, pois do contrario não veríamos tantas barbaridades por ai, por isso o mais correto é fazer sempre o seguinte questionamento: Sou capaz de amar em absoluto outra pessoa? Pois é isso que faz toda a diferença.......