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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Amor à criança, uma forma de Perversão


  O titulo deste post pode soar contraditório , sem nenhuma lógica ou nexo. Como posso amar e ao mesmo
tempo ser perverso com este objeto de amor????
  Mas isso torna-se possível quando se trata de pedofilia. O termo pedofilia vem do grego paidophilia, (pais,criança e philia amizade, amor ,afeição). Embora o sentido seja amor à criança ele foi adotado para denominar uma prática que não revela nada de amor e sim um ato repulsivo que é a violência sexual. Vale lembrar que o ECA no artigo 241D define como crime: aliciar, assediar, instigar ou constranger por qualquer meio de comunicação, criança com fim de com ela praticar ato libidinoso. Logo não é apenas o ato sexual que se define como crime mas , qualquer outro ato de apelo sexual.
  Não é rara as vezes que ouvimos dizer que as crianças são as culpadas, que elas provocaram o adulto, consentiram para a prática de tal crime. E esta visão não é apenas alegada pelo agressor , mas por muitos profissionais que atribuem à criança um "instinto sexual" que desperta o desejo no adulto.
 A primeira pessoa que trouxe à luz a sexualidade infantil foi Freud, no entanto temos que entender que a sexualidade abordada pelo Psicanalista nada tem haver com desejo ou ato sexual, a criança passa por um processo de descoberta do seu corpo de diferenciação entre os órgãos sexuais masculinos e femininos, sente-se atraída por outras crianças , se tocam , se descobrem,o que do ponto de vista psicológico  são comportamentos normais, que contribuem para o desenvolvimento desta criança, por esta razão não devem ser coibidos pelos pais mas administrados com naturalidade sempre permeando alguns limites e claro, que observar se estas crianças são da mesma idade, ou de idades próximas.
  Por isso não podemos nos basear na teoria da sexualidade infantil freudiana, para atribuir à criança qualquer co-responsabilidade com o ato de podofilia, pois a criança ainda não se constituiu enquanto um ser praticante do ato sexual, não possui uma estrutura psíquica, emocional ou física para tal.
  Muitos pesquisadores buscam entender o que se passa com adulto para que ele cometa este ato de perversão, por muito tempo defendeu-se que todo pedofilo tinha sofrido abuso quando criança, hoje sabe-se que esta máxima não é verdadeira pois nem todos que sofrem abuso na infância o reproduzem na vida adulta, da mesma forma que nem todos clérigos nem homens solteiros são pedofilos.Não há um perfil definido, por essa razão a melhor maneira de impedir ou prevenir que uma criança sofra abuso sexual é orienta-la , pois um dado é correto a maioria dos agressores são pessoas do convívio da criança, e muitas vezes não há como notar algum desvio de comportamento, logo a orientação parece ser a forma mais correta, e também estar atento caso haja alguma alteração no comportamento da criança , instrui-la a nunca guardar nenhum segredo, pois o agressor a induz não contar o fato a ninguém , se baseando em ameaças de vários sentidos.
  Enquanto cuidadores e educadores temos de estabelecer uma relação de confiança mútua com a criança, deixando-a a vontade para se expressar , contar seus sentimentos, fazendo com que se sinta segura independente da situação, que ela saiba que tem alguém em quem confiar, claro que quando estamos estabelecendo este vínculo o intuito e de protege-la e não de viola-la.

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